30 setembro, 2008

BUENOS AIRES - SAN TELMO





Um dos bairros mais trendy da cidade. Aqui se realiza a feira de la Independenzia, todos os Domingos. Mais uma vez espectáculos de rua, bancas de rua, vendedores ambulantes, lojas, fazem desta zona uma das visitas obrigatórias. A diversidade de restaurantes, bares e casas de tango asseguram uma interessante vida nocturna.
É aqui, na Calle Balcarce, que se situa uma das mais prestigiadas casas de tango da cidade - El Viejo Almárcen.

19 setembro, 2008

BUENOS AIRES - LA BOCA





La Boca é um bairro perto do porto, e por isso originalmente frequentada por marinheiros e imigrantes oriundos de outros países. O colorido das casas teve origem nas sucessivas reparações e remodelações que íam sendo feitas, com os restos das tintas que os barcos já não utilizavam. A troco de cama e/ou refeição, os marinheiros davam a sua mão-de-obra e ajudavam na recuperação das casas.
A sua rua principal – El Caminito, é um dos ex-libris da cidade. Ao longo da rua, vendem-se recordações e artesanato, come-se, bebe-se, assiste-se a exibições de tango na rua e somos convidados para um pezinho de dança.
Apenas 2 ou 3 ruas são visitáveis pelos turistas e de dia. O restante bairro é totalmente desaconselhado e à noite são inúmeras as recomendações para não passear pelas ruas, nem andar sozinho.
Mas para além destas ruas, encontra-se outra Argentina e uma outra realidade. As casas degradadas e grafitadas, as ruas sujas, novos e velhos sentados nos umbrais das portas, esperam melhores dias e melhores condições sociais.
No entanto, este animado bairro é um dos pontos altos da cidade e totalmente imperdível.

BUENOS AIRES




A capital dos ‘bons ares’. A sua área metropolitana é a 2ª maior da América Latina, com perto de 14 milhões de habitantes. Grande parte dos ‘porteños’ são migrantes de outras de outras partes do país ou mesmo de países vizinhos. É uma cidade fervilhante de vida.
Saltar directamente de um ‘spot’ turístico para outro, como fazem as grandes agências de viagens nos seus roteiros super-programados e todos iguais, é extremamente redutor. O mais importante fica de fora, que é o contactar directamente com a população, o deambular pelas ruas e prender os olhos em pequenos nadas, os cheiros, as cores, sentir o pulsar próprio da cidade, definir o ritmo e vagear ao sabor dos apetites do momento. É claro que fomos a La Boca, a San Telmo, a Puerto Madero, tudo locais bastante procurados por turistas, mas fizemo-lo quase sempre calcorreando muitos kms de ruas.
Uma cidade que deixa saudades.

10 setembro, 2008

BOSQUE DE ARRAYANES




A 12 km por terra da Vila de Angostura mas apenas a 3km de barco, este bosque na Península de Quetrihué, é uma reserva natural dentro do já protegido Parque Nahuel Huapi. É um ecosssistema super-protegido e controlado. Todos os percursos são feitos sobre passadeiras de madeira, construídas para o efeito e nas visitas de grupo, com o acompanhamento de um guía. Embora esta espécie exista noutros locias, nomeadamente no Chile, enquanto bosque só é conhecido este local em todo o mundo. As arrayanes são árvores que crescem apenas cerca de 3 cm cada 30 anos. Aqui é possível observar espécimes com mais de 20 metros, enquanto noutros locais raramente ultrapassam os 7 metros. Nna época da floração, dá uma flor branca com 4 pétalas e do fruto, após um processo de fermentação, faz-se uma bebida alcoólica.

BARILOCHE E OS LAGOS


San Carlos de Bariloche



Vila de Angostura



Lago Nahuel Huapi e Península Lao Lao

San Carlos de Bariloche, fica perto da cordilheira dos Andes, rodeada de lagos e montanhas e é uma cidade bastante turística, quer de Verão quer de Inverno. É muito frequentada por excursões de 'jovenzinhos' em viagens de finalistas, amantes de desportos na neve e ‘bandos’ de turistas de todas as idades. No entanto os arredores são lindíssimos e valem bem a visita. É a cidade do chocolate. O óptimo chocolate tradicional enche as montras das lojas e faz-nos salivar.
Uma das visitas obrigatórias é o Parque Nacional Nahuel Huapi e o Bosque de Arrayanes, a Vila de Angostura, a península Lao Lao, subir ao Cerro Campanário e disfrutar de uma das melhores vistas dos lagos.
A oferta de actividades e passeios é bastante ampla, desde trekking, passeios de autocarro, de barco, a cavalo, de jeep, bicicleta, etc, existem para todos os gostos. Sugerimos o Passeio ‘Chico’, para quem não tiver muito tempo, com a duração de ½ dia e que percorre de autocarro os arredores e permite-nos ter uma panorâmica geral da região, e aconselhamos vivamente ainda o passeio de barco, pelos lagos, e que vai até Puerto Blest na fronteira com o Chile.

08 setembro, 2008

CALAFATE





Funcionou como pouso por alguns dias para visitas a outros locais. É uma cidade simpática, pequena e organizada, junto a uma área lacustre bastante vasta e com uma grande variedade de aves. Um pequeno percurso pedestre permite-nos observar e conhecer melhor estas aves.

Recomendamos:
Estadia na Hosteria Koi-Aiken - sem luxos, os quartos são muito simples mas o atendimento é muito simpático e atencioso, ambiente calmo e familiar, as salas comuns são muito acolhedoras, tem uma mezanine com uma grande varanda exterior e uma optima vista para a laguna Nimez,onde podemos utilizar um óculo para opbservação das aves. Tem net, sauna, massagens (por marcação), possibilidade de pedir lancheira para passeios e está a 2 Km da povoação.

Para comer: os restaurantes do Casimiro Biguá, que são três, um com comida italiana, outro especializado em parrillas (e que tem óptima carne) e um outro com cozinha e ambiente mais requintados.

05 setembro, 2008

EL CHALTÉN




El Chaltén é uma cidadezinha recente (fundada em 1985) junto de um monólito granítico com 3.375 metros de altura (o Fitz Roy) e a grande meca da escalada e do treking. El Chaltén parece saída dos antigos westerns. O nome significa, em tehuelche, ‘a montanha que fuma’ e foi assim apelidada porque o pico Fitz Roy está, grande parte do tempo, envolto em nuvens.
É possível acampar em diversos pontos e existem inúmeros percursos e trilhos, de vários graus de dificuldade, possíveis de percorrer a pé. Os serviços existentes são básicos e a oferta reduzida. Não existem grandes infraestruturas turísticas, haja outras opções de estadia para além do acampamento, o que a torna um paraíso para os amantes da natureza e do pedestrianismo/montanhismo.
Embora não tivéssemos muito tempo (tínhamos de entregar o carro alugado em Calafate) ainda fizemos um dos percursos quase todo – cerca de 6 km.
Lugar mágico, inesquecível mas que tememos seja, em pouco tempo, completamente esmagado e transformado pelo turismo.

PARQUE NACIONAL DOS GLACIARES






Para além do Perito Moreno, vale a pena desfrutar de um cruzeiro de 1 dia pelos icebergs azuis. Viedma, Onelli, Upsala e Spegazinni (com a frente mais alta – entre os 80 e 100m) são os glaciares visitados e que alimentam o Lago Argentino daqueles monstros de gelo (os tais icebergs…). Os azuis são indescritíveis, belos, mutantes. Embora o almoço possa estar incluído, aconselhamos a que leve antes a sua própria comida e aproveite a paragem para fazer um pic-nic e usufruir em pleno da paisagem.
Apesar de não termos tido grande sorte com o tempo foi um dia inesquecível e que recomendamos vivamente.

PERITO MORENO



Quem me conhece já deve estar de sorriso nos lábios ….. é claro que teria de haver uma especial referência a este belíssimo lugar.
O Perito Moreno é só o Glaciar, o mais extenso dos glaciares, o mais bonito, o mais… Inserido no Parque Nacional Los Glaciares, é um dos poucos glaciares que não estão em regressão. Tem 6 km de frente e uma altura média de 60 a 80m.
Partimos de Calafate num carro que conseguimos alugar por 24h e percorremos os 80km que nos leva até ao Perito Moreno. Já saímos ao entardecer e quando atravessámos os postos de controle do Parque estes já se encontravam encerrados. Entrámos e ao fim de alguns minutos, depois de uma curva (já chamada de Curva dos Suspiros pelas reacções causadas) ali estava ele. O coração bate mais forte e a ansiedade de chegar e estacionar aumenta. O estacionamento estava praticamente vazio aquela hora, apenas 4 carros. Descemos aos pulos pelas passadeiras e escadarias de acesso à frente do glaciar. E ficámo-nos sem reacção, esmagadas pela beleza, grandiosidade e paz daquele lugar. Sobre as nossas cabeças aves de rapina planavam no céu.
Observar as pequenas rupturas, constantes, da frente de gelo e esperar ter a sorte de ver um grande desprendimento prende-nos horas nas varandas de observação.
Em frente daquele enorme rio gelado apetece simplesmente ficar, ficar a olhar a absorver cada pormenor, ficar e registar todos os momentos todos os ruídos, ficar com os nossos pensamentos, ficar e encher a nossa alma com toda aquela paz e magnitude de natureza e beleza. É simplesmente hipnotizante. Se pensarmos que o glaciar existe há milhares de anos. O som provocado pelos desprendimentos faz eco nas montanhas e o ruído que nos chega é esmagador – um rugido tremendo e poderoso. Como se viesse das mais profundas entranhas da Terra.
Podem-se fazer visitas de barco até próximo da frente do glaciar mas é certamente impossível, desta forma, livrarmo-nos de centenas de impacientes e ávidos turistas que fotografam, filmam, gritam e apontam (e tudo ao mesmo tempo). A serenidade, essa só se consegue a pé, fora das “horas de ponta”, longe das excursões, sem crianças, nem turistas, nem caçadores compulsivos de fotografias. Tivemos sorte.

PARQUE NACIONAL DA TERRA DO FOGO



A partir de Ushuaia é possível aceder a esta vasta área protegida que continua do lado chileno. Aqui é permitido (cumprindo as todas as regras de boa convivência com a natureza) acampar, fazer diversas caminhadas (os trilhos estão todos sinalizados e têm informações), observar animais, fazer pic-nics, tomar banho nas lagoas e braços de rios (só para os mais corajosos).
O 'Trem do Fim do Mundo', uma reactivada linha utilizada pelos antigos prisioneiros (muitos criminosos mas também activistas políticos eram apra aqui deportados) para fazer o transporte de lenha da floresta para a prisão, embora com um objectivo claramente turístico e com um percurso curtinho, permite-nos um primeiro reconhecimento desta região.
Existem diversos passeios enquadrados por operadores locais neste parque mas o ideal é fazê-lo por nossa conta e risco e ao nosso ritmo. Dois ou três dias percorrendo a pé os diversos trilhos, com tempo para observação da fauna e flora local é o ideal. Turfeiras, grande variedade demusgos e líquens, coelhos, aves, castores, lagos, montanha são alguns dos interesses desta reserva.