17 dezembro, 2008

À Volta do Mundo

Nesta época solidária não resisti a partilhar este fabuloso e comovente vídeo.

27 novembro, 2008

SABORES DA ARGENTINA - O MATE

O mate, é uma verdadeira instituição nacional. É feito com uma erva verde que se toma como infusão, com ou sem açúcar.
Mas a melhor forma para falar desta bebida e do seu significado para os argentinos, é através de um texto de Lalo Mir num programa de rádio - Radio Mitre, da Argentina:

“El mate no es una bebida. Bueno, sí.
Es un líquido y entra por la boca. Pero no es una bebida.
En este país nadie toma mate porque tenga sed.
Es más bien una costumbre, como rascarse.
El mate es exactamente lo contrario que la televisión: te hace conversar si estás con alguien, y te hace pensar cuando estás solo.
Cuando llega alguien a tu casa la primera frase es 'hola' y la segunda '¿unos mates?'. Esto pasa en todas las casas. En la de los ricos y en la de los pobres.
Pasa entre mujeres harlatanas y chismosas, y pasa entre hombres serios o inmaduros.
Pasa entre los viejos de un geriátrico y entre los adolescentes mientrasestudian.
Es lo único que comparten los padres y los hijos sin discutir ni echarse en cara. Peronistas y radicales ceban mate sin preguntar.
En verano y en invierno.
Es lo único en lo que nos parecemos las víctimas y los verdugos; los buenos y los malos.
Cuando tenés un hijo, le empezás a dar mate cuando te pide.. Se lo das tibiecito, con mucha azúcar, y se sienten grandes.
Sentís un orgullo enorme cuando un esquenuncito de tu sangre empieza a chupar mate. Se te sale el corazón del cuerpo.
Después ellos, con los años, elegirán si tomarlo amargo, dulce, muy caliente, tereré, con cáscara de naranja, con yuyos, con un chorrito de limón.
Cuando conocés a alguien por primera vez, te tomás unos mates.
La gente pregunta, cuando no hay confianza: '¿Dulce o amargo?'. El otro responde: 'Como tomes vos'.
Los teclados de Argentina tienen las letras llenas de yerba. La yerba es lo único que hay siempre, en todas las casas.
Siempre.
Con inflación, con hambre, con militares, con democracia, con cualquiera de nuestras pestes y maldiciones eternas. Y si un día no hay yerba, un vecino tiene y te da.
La yerba no se le niega a nadie.
Éste es el único país del mundo en donde la decisión de dejar de ser un chico y empezar a ser un hombre ocurre un día en particular.
Nada de pantalones largos, circuncisión, universidad o vivir lejos de los padres. Acá empezamos a ser grandes el día que tenemos la necesidad de tomar por primera vez unos mates, solos.
No es casualidad. No es porque sí.
El día que un chico pone la pava al fuego y toma su primer mate sin que haya nadie en casa, en ese minuto, es que ha descubierto que tiene alma. O está muerto de miedo, o está muerto de amor, o algo: pero no es un día cualquiera.
Ninguno de nosotros nos acordamos del día en que tomamos por primera vez un mate solo.
Pero debe haber sido un día importante para cada uno.
Por adentro hay revoluciones.
El sencillo mate es nada más y nada menos que una demostración de valores...
Es la solidaridad de bancar esos mates lavados porque la charla es buena. La charla, no el mate.
Es el respeto por los tiempos para hablar y escuchar, vos hablás mientras el otro toma y es la sinceridad para decir: ¡Basta, cambiá la yerba!'.
Es el compañerismo hecho momento.
Es la sensibilidad al agua hirviendo.
Es el cariño para preguntar, estúpidamente, '¿está caliente, no?'.
Es la modestia de quien ceba el mejor mate.
Es la generosidad de dar hasta el final. Es la hospitalidad de la invitación.
Es la justicia de uno por uno.
Es la obligación de decir 'gracias', al menos una vez al día.
Es la actitud ética, franca y leal de encontrarse sin mayores pretensiones que compartir.

¿TE SENTISTE INCLUIDO?.... Compartilo entonces con quienes alguna vez tomaste un mate ... “

SABORES DA ARGENTINA




A parrillada, o churrasco típico patagónico, com carnes variadas.
A carne, o ‘bife de chorizo’.
‘Empanadas’, um pastel recheado com carne, frango, etc.
O chocolate artesanal.
‘Alfajores’, um tradicional doce de leite.
As ‘facturas’ ou ‘medialunas’, equivalente aos nossos croissants ou pãezinhos doces, de pequeno almoço ou lanche.
O chá mate.

25 outubro, 2008

BUENOS AIRES - DICAS



Compras:
O típico chá mate, termos e afins, roupa desportiva, chocolate artesanal, ...
Em Buenos Aires, percorrer as Av. Corrientes, Santa Fé e Florida (pedonal) são verdadeiros centros comerciais, com todo o tipo de lojas. A Av. Corrientes é uma das maiores e mais centrais ruas comerciais da cidade.
As Galerias Pacífico também merecem uma visita.

Onde comer:
Aconselhamos La Caballeriza, em Puerto Madero - simpático, movimentado, boa carne, aconselha-se reserva de mesa.
Desaconselhamos o restaurante El Viejo Almarcén que fica mesmo em frente da sala de espectáculos. Fiquem-se só pelo tango, esse sim, vale a pena. Mas recomendamos marcação antecipada e negociação da localização dos vossos lugares/mesa na sala.

PLAZA DE MAYO



A Plaza de Mayo, onde se localiza a sede do governo - a Casa Rosada, é o ponto de encontro de excelência para as grandes lutas sociais e políticas.
É aqui que todas as 5ªs feiras as Mães de Mayo, mantêm a sua marcha de protesto, não permitindo que se esqueçam os milhares de filhos desaparecidos durante o regime militar dos anos 70/80.

07 outubro, 2008

BUENOS AIRES - PUERTO MADERO




Nas margens do Rio de la Plata, os edifícios outrora industriais e ligados à actividade portuária foram completamente renovados e esta faixa ribeirinha ganhou novas cores e ocupações.
Agora os serviços, a habitação de luxo e o comércio ligado à restauração tomou conta do espaço.

BUENOS AIRES - PALERMO VIEJO



Palermo é um dos maiores bairros da cidade, e é tradicionalmente subdividido em áreas mais pequenas: Palermo Viejo, Palermo Hollywood (onde ficam os estúdios de televisão) e Palermo Soho, são porventura as mais interessantes.
Palermo é um bairro de ruas largas e arborizadas, edifícios antigos, muitos alojando espaços com as novas tendências da moda, design, antiguidades, restaurantes, bares, teatros, etc.

30 setembro, 2008

BUENOS AIRES - SAN TELMO





Um dos bairros mais trendy da cidade. Aqui se realiza a feira de la Independenzia, todos os Domingos. Mais uma vez espectáculos de rua, bancas de rua, vendedores ambulantes, lojas, fazem desta zona uma das visitas obrigatórias. A diversidade de restaurantes, bares e casas de tango asseguram uma interessante vida nocturna.
É aqui, na Calle Balcarce, que se situa uma das mais prestigiadas casas de tango da cidade - El Viejo Almárcen.

19 setembro, 2008

BUENOS AIRES - LA BOCA





La Boca é um bairro perto do porto, e por isso originalmente frequentada por marinheiros e imigrantes oriundos de outros países. O colorido das casas teve origem nas sucessivas reparações e remodelações que íam sendo feitas, com os restos das tintas que os barcos já não utilizavam. A troco de cama e/ou refeição, os marinheiros davam a sua mão-de-obra e ajudavam na recuperação das casas.
A sua rua principal – El Caminito, é um dos ex-libris da cidade. Ao longo da rua, vendem-se recordações e artesanato, come-se, bebe-se, assiste-se a exibições de tango na rua e somos convidados para um pezinho de dança.
Apenas 2 ou 3 ruas são visitáveis pelos turistas e de dia. O restante bairro é totalmente desaconselhado e à noite são inúmeras as recomendações para não passear pelas ruas, nem andar sozinho.
Mas para além destas ruas, encontra-se outra Argentina e uma outra realidade. As casas degradadas e grafitadas, as ruas sujas, novos e velhos sentados nos umbrais das portas, esperam melhores dias e melhores condições sociais.
No entanto, este animado bairro é um dos pontos altos da cidade e totalmente imperdível.

BUENOS AIRES




A capital dos ‘bons ares’. A sua área metropolitana é a 2ª maior da América Latina, com perto de 14 milhões de habitantes. Grande parte dos ‘porteños’ são migrantes de outras de outras partes do país ou mesmo de países vizinhos. É uma cidade fervilhante de vida.
Saltar directamente de um ‘spot’ turístico para outro, como fazem as grandes agências de viagens nos seus roteiros super-programados e todos iguais, é extremamente redutor. O mais importante fica de fora, que é o contactar directamente com a população, o deambular pelas ruas e prender os olhos em pequenos nadas, os cheiros, as cores, sentir o pulsar próprio da cidade, definir o ritmo e vagear ao sabor dos apetites do momento. É claro que fomos a La Boca, a San Telmo, a Puerto Madero, tudo locais bastante procurados por turistas, mas fizemo-lo quase sempre calcorreando muitos kms de ruas.
Uma cidade que deixa saudades.

10 setembro, 2008

BOSQUE DE ARRAYANES




A 12 km por terra da Vila de Angostura mas apenas a 3km de barco, este bosque na Península de Quetrihué, é uma reserva natural dentro do já protegido Parque Nahuel Huapi. É um ecosssistema super-protegido e controlado. Todos os percursos são feitos sobre passadeiras de madeira, construídas para o efeito e nas visitas de grupo, com o acompanhamento de um guía. Embora esta espécie exista noutros locias, nomeadamente no Chile, enquanto bosque só é conhecido este local em todo o mundo. As arrayanes são árvores que crescem apenas cerca de 3 cm cada 30 anos. Aqui é possível observar espécimes com mais de 20 metros, enquanto noutros locais raramente ultrapassam os 7 metros. Nna época da floração, dá uma flor branca com 4 pétalas e do fruto, após um processo de fermentação, faz-se uma bebida alcoólica.

BARILOCHE E OS LAGOS


San Carlos de Bariloche



Vila de Angostura



Lago Nahuel Huapi e Península Lao Lao

San Carlos de Bariloche, fica perto da cordilheira dos Andes, rodeada de lagos e montanhas e é uma cidade bastante turística, quer de Verão quer de Inverno. É muito frequentada por excursões de 'jovenzinhos' em viagens de finalistas, amantes de desportos na neve e ‘bandos’ de turistas de todas as idades. No entanto os arredores são lindíssimos e valem bem a visita. É a cidade do chocolate. O óptimo chocolate tradicional enche as montras das lojas e faz-nos salivar.
Uma das visitas obrigatórias é o Parque Nacional Nahuel Huapi e o Bosque de Arrayanes, a Vila de Angostura, a península Lao Lao, subir ao Cerro Campanário e disfrutar de uma das melhores vistas dos lagos.
A oferta de actividades e passeios é bastante ampla, desde trekking, passeios de autocarro, de barco, a cavalo, de jeep, bicicleta, etc, existem para todos os gostos. Sugerimos o Passeio ‘Chico’, para quem não tiver muito tempo, com a duração de ½ dia e que percorre de autocarro os arredores e permite-nos ter uma panorâmica geral da região, e aconselhamos vivamente ainda o passeio de barco, pelos lagos, e que vai até Puerto Blest na fronteira com o Chile.

08 setembro, 2008

CALAFATE





Funcionou como pouso por alguns dias para visitas a outros locais. É uma cidade simpática, pequena e organizada, junto a uma área lacustre bastante vasta e com uma grande variedade de aves. Um pequeno percurso pedestre permite-nos observar e conhecer melhor estas aves.

Recomendamos:
Estadia na Hosteria Koi-Aiken - sem luxos, os quartos são muito simples mas o atendimento é muito simpático e atencioso, ambiente calmo e familiar, as salas comuns são muito acolhedoras, tem uma mezanine com uma grande varanda exterior e uma optima vista para a laguna Nimez,onde podemos utilizar um óculo para opbservação das aves. Tem net, sauna, massagens (por marcação), possibilidade de pedir lancheira para passeios e está a 2 Km da povoação.

Para comer: os restaurantes do Casimiro Biguá, que são três, um com comida italiana, outro especializado em parrillas (e que tem óptima carne) e um outro com cozinha e ambiente mais requintados.

05 setembro, 2008

EL CHALTÉN




El Chaltén é uma cidadezinha recente (fundada em 1985) junto de um monólito granítico com 3.375 metros de altura (o Fitz Roy) e a grande meca da escalada e do treking. El Chaltén parece saída dos antigos westerns. O nome significa, em tehuelche, ‘a montanha que fuma’ e foi assim apelidada porque o pico Fitz Roy está, grande parte do tempo, envolto em nuvens.
É possível acampar em diversos pontos e existem inúmeros percursos e trilhos, de vários graus de dificuldade, possíveis de percorrer a pé. Os serviços existentes são básicos e a oferta reduzida. Não existem grandes infraestruturas turísticas, haja outras opções de estadia para além do acampamento, o que a torna um paraíso para os amantes da natureza e do pedestrianismo/montanhismo.
Embora não tivéssemos muito tempo (tínhamos de entregar o carro alugado em Calafate) ainda fizemos um dos percursos quase todo – cerca de 6 km.
Lugar mágico, inesquecível mas que tememos seja, em pouco tempo, completamente esmagado e transformado pelo turismo.