A antiga, temida e respeitada tribo guerreira vendeu-se despudoradamente ao turismo. Pele branca significa para muitos deles dinheiro fácil, o jackpot de uma slot machine. Umas vezes ganha-se mais outras menos mas 'pinga' sempre alguma coisa. Usam de forma insistente e desavergonhada as crianças para incutir sentimentos de pena e amolecer os corações dos muitos turistas que conseguem caçar. Espremem-nos e chupam-nos até ao tutano, sem dó nem piedade. Enquanto lhes cheirar a lucro não largam a presa, como bons caçadores que são.
Vendem tudo. 'Serviços vários' nas praias, artefactos decorativos, a inocência das crianças e o seu sorriso fácil, ......., o que se quiser. Só não vendem a mãe porque ninguém compra. Mas depois é vê-los com telemóveis à cintura e óculos Ray-Ban, enquanto a escola e as crianças se mantêm em condições miseráveis. Gostava de saber o destino de todo o dinheiro arrancado aos turistas. Digamos que elegeram o pior do mundo 'evoluído' - a ganância e a ostentação. E o pior é que a culpa é nossa, dos turistas do 'novo' mundo que desfilam pela África subdesenvolvida ostentando todo o 'poder' e luxo que o dinheiro pode comprar - motorista/guia, carro privado, estadias e safaris de sonho.
No entanto, assim como os turistas não são todos iguais (e há quem priviligie os contactos humanos e a verdadeira vivência africana), também acredito que os exemplares com que nos cruzámos não representam a tribo e que existirão comunidades massai que se regem por outros valores mais importantes, que se abrem ao exterior sem se 'venderem' ao turismo de luxo.